sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Velhas... a 20 de Agosto de 2007...

Primeiro dia no ar deste blog e já está a ser um autentico desatino. Queria trabalhar e o quadro da luz decidiu ir de fim-de-semana mais cedo e deixou-me cheio de trabalho em cima da secretária.

O meu nome é Bruno e desatino com velhas. É mesmo assim. Principalmente aquelas mesmo velhas que pensam séc. quinze, e qualquer coisa que nós façamos é uma falta de respeito pelos mais velhos e no tempo delas não era assim e mais isto e mais aquilo e já não há respeito por ninguém e o resto nunca oiço pois viro costas antes de me chetear a sério.

É interessante ver as ditas senhoras à janela, dizer-lhes adeus com um ar de riso e elas contentes retribuirem o gesto, não sabendo que estão a ser alvo de um extremo divertimento da minha parte, mas minhas amigas, como diz o ditado: cá se fazem, cá se pagam!

Aquilo que eu mais detesto é talvez a principal caracteristica destas tipicas senhoras, que quando se juntam, há uma conspiração tal que faz sempre com que algo de mal aconteça por perto, que são as chamadas cuscovelhices. Quando se juntam falam de tudo mas mesmo tudo. O pior nem é falarem dos destaques da revista MARIA ou ANA (acho que elas próprias - A Maria e a ANA - eram assim, imagno cada uma das duas sentadas à máquina de escrever com os rolos acabados de sair da máquina fotográfica ao lado, a acabar o material para mandar para impressão), o pior é falarem dos vizinhos lá daquelas aldeias em que toda a gente se conhece, em que esta é isto porque dormiu com aquele antes do casamento e coisas do género... É extremamente IRRITANTE e dá vontade de fazer uma fogueira de VELHA (ainda sou preso por isto) ou então como dizia os GATOS FEDORENTOS: "Velhas no Lixo NÃO, no VELHÃO.

Há sempre tendencia a não deixar que as nossas próprias avós (atenção: gosto muito das minhas) darem um passo em falso e cair nessa mania de falar mal e comentar a vida de toda a gente, mas acabam sempre como as crianças com as bolachas: proibe-se e arranjam sempre maneira de descobrir a embalagem. É uma doença caros amigos, bem má por sinal!

O Esteriotipo destas senhoras diz que são, na sua maioria, maiores de 55 anos, normalmente viuvas, sem filhos (ou então que estejam bem longe), e que tenham vizinhas, preferencialmente pelas mesmas idades e com as mesmas caracteristicas familiares. Há também aqueles casos extremos em que somos confrontados com familias inteiras com essa doença (entenda-se avó, filha e neta com a doença da curiosidade intensa e em demasia) em que se verifica mais com aquelas filhas que arranjam marido muito tarde e não saem a tempo de evitar o contágio.

Vivo perto do mar e digo-vos, não há nada pior que juntar duas cuscovilheiras com sotaque costeiro a conversar à beira de uma praça com cartazes a anunciar CHAMBRE E ROOMS e outras coisas do mesmo feitio, a falarem da menina da botique e do rapaz da electricidade.

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